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Um projeto interdisciplinar

  • Emily T. Kayukawa
  • 22 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

O pavilhão do Instituto de Projeto Computacional (ICD, em inglês) e o Instituto de Projeto de Estruturas de Construção e Desenho Estrutural (ITKE, em inglês) da Universidade de Stuttgart, Alemanha, ganhou o prêmio do Building of the Year' 17 segundo o site ArchDaily. Foi inaugurado em 2016, com um design curioso, técnica construtiva inovadora, 85 m² e pesando apenas 7,85 Kg/m².


Nesse projeto participaram profissionais de diferentes áreas com o objetivo de explorar diversos conhecimentos aplicados à arquitetura. Colaboraram arquitetos, engenheiros, paleontologistas, e biólogos.


Os biólogos da Universidade de Tubingen e paleontólogos contribuíram utilizando os aspectos morfológicos e princípios processuais de crescimento dos ouriços do mar e estrelas do mar conforme. Isso foi aplicado através de uma pesquisa biomimética, que estuda a forma estrutural e como funciona o crescimento desses animais para poder aplicar essa mesma flexibilidade aos elementos estruturais da arquitetura. Então, arquitetos e engenheiros reuniram os dados resultantes dessa pesquisa e projetaram peças elemento tipo Seria melhor usas em itálico. elemento tipo , que embora tenha o processo de fabricação, resistência às forças e composição idêntica, continuam sendo diferentes, cada peça é única. Isso só é possível graças aos programas e às técnicas de fabricação robóticas têxteis.

Fonte: ICD/ITKE Universidade de Stuttgart

O material escolhido foi a madeira, devido seus diversos atributos como peso reduzido, por ser renovável, flexível e por ter uma boa resistência. Foi utilizada formando placas de compensado de madeira Fagus laminada dobrada na medida correta e com as fibras no sentido desejado para resistir às forças sem que sofresse cisalhamento.


Cada uma das 151 peças foi calculada, recortada à laser e curvada utilizando os robôs e máquinas de corte com um software feito sob medida para essa obra. Foi a primeira à empregar peças de madeira cortadas com máquinas na arquitetura. Três dessas peças recortadas compõem o elemento tipo sendo unidas através de uma máquina de costura industrial de grande porte que também costura uma faixa de PVC sobre os encaixes macho-fêmea que posteriormente na construção foi manualmente unido lembrando uma costura simples como uma forma de ligação adicional, que também tem sua presença no design da composição. O tamanho de cada “elemento tipo” varia entre 1 m e 1,50 m de diâmetro.

Fonte: ICD/ITKE Universidade de Stuttgart

Todo esse trabalho resultou em uma figura única e marcante, um espaço semi-externo que correspondeu às necessidades da universidade, integrando-se na topografia, sendo um modelo que poderá ser desmontado ou ainda expandido sem maiores complicações caracterizando-o como um espaço flexível. A obra foi projetada e concebida pelos estudantes e profissionais de disciplinas diferentes e exigiu muita pesquisa, trabalho e principalmente comunicação e planejamento que, por fim, se tornou a alma do projeto.


O avanço científico e tecnológico da humanidade nunca aumentou tanto quanto neste século, na escala avanço da tecnologia/tempo, e essa obra é fruto desse avanço. Mas com algo mais, algo a acrescentar à arquitetura do mundo todo: a integração de diferentes ou, até mesmo, distantes áreas do conhecimento, e comunicação intensificada entre diversos profissionais para compor um projeto ainda mais adequado, pensando numa arquitetura que corresponda à contemporaneidade.


Referências:


http://www.archdaily.com.br/br/804553/pavilhao-de-pesquisa-icd-itke-2015-16-icd-itke-universidade-de-stuttgart

 
 
 

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